O garoto já estivera junto de novo
Mas agora, ao contrário de antes, prefere estar solto.
O garoto encontrou os olhos
Já por várias vezes em diferentes anos
O garoto ja não é tão espirituoso
Mas seus olhos ainda brilham pela luz que nunca se apaga no meio da escuridão.
Ele descobrira que aquela luz não é a salvação
Mas sim um convite para dias de perdição
Que embora evite, jamais consegue negar-se.
Agora ele se acha esperto
Agora já não comete excessos
Agora ele só vive o hoje
Mas a luz é sempre um chamado do antes
É nostalgia e calor.
E o garoto lembrara que ama sofrer
Que sofrer é ser poesia
Que seu eu predileto chora e odeia o agora
Que seu eu predileto escreve e, se puder, implora
Lembrara de tudo o que mais lhe valeu viver.
E o garoto lhe rasgara a pele, como se fosse vestes
E o garoto desengasga o riso, como quem só quer isso
E o garoto então cai e chora, sabendo que chegou a hora
E empunha o lápis e repousa sobre a folha
E se torna sombra, o que melhor sabe ser.
Há 7 anos