Um Mal Sinal –
Téo Malvine –
. Não foi um bom sinal, o cigarro estava aceso e a vida parou... o relógio voltou a tiquitaquear em meu pulso com uns cinco dias de atraso e tornará a parar. São dezenove de outubro de dois mil e dez e eu não sei que horas são porque o relógio parou de novo, precisa de uma bateria nova, vai ser fácil arranjar. Eu preciso de uma vida nova e no comércio está em falta. Meu nome é Teócrito, mas eu costumo atender pelo meu apelido ou pelo segundo nome, ou pelos dois, sendo usados juntos.
. Não foi um bom sinal... nunca é um bom sinal começar a se questionar sobre si mesmo, é como ler seus próprios poemas e analisá-los, como olhar o seu cabelo através do espelho e pensar num corte novo, tão banal e tão difícil. No caso, a minha vida, ela é como o meu relógio, principalmente... –Eu penso assim: Porque consertar se não está quebrado?-... Se está atrasado alguma coisa está errada, se há algo de errado precisa de conserto. Minha vida está atrasada, logo precisa de conserto.
P.s.: Meu relógio está mesmo quebrado.