No Lombo do Camelo Prt2. –
Téo Malvine –
. O meu camelo me carregou nas costas e me levou pra dar uma volta no deserto lunar, onde tudo é tão frio e deserto, acompanhado pelo simples desejo de estar.
. E me mostrou tudo o que não há de belo no triste mundo indigente aonde viemos morar. Eu concordei em ficar por uns tempos, uma ilusão satisfatória que só se encontra por lá.
. E têm crateras vazias e enormes, bem semelhantes as da mente humana. Num momento de frenesi espontâneo dei de cara com uma bandeira, representando a falaciosa marcação de território americano.
. E de repente, sem me perceber, respirei fundo assim deixando o meu camelo sem ar e desabei em queda livre, deformando bruscamente o piso da minha varanda.