sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Que Sofrer Que Nada


Eu sofro de algo que não vem de mim

Algo que me deseja averso aos seus desejos

Eu sofro o barato de um mundo minúsculo

Em letras maiúsculas, de fôrma.

São os olhos, malditos olhos da fuga

Virando de um lado pro outro

São os olhos escuros de luzes sombrias e o rosto todo.

O escuro, o chuvisco, o telhado e o rombo na telha

O meu rosto, meus rabiscos e o rastro no chão de poeira

A barriga, teu umbigo e os meus lábios, tua carne e teu medo

O meu sono, meu sonho, nossas asas, o mergulho e a morte.

Eu sofro do beijo esturrado da boca que não saliva

Da bolha na pele queimada de nicotina

Eu sofro do dente que roi meu amor da senhorita

Por ti eu sofro, eu morro que desço pra te encontrar

Eu sofro de ti, tu é minha doença e minhas carícias.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

There Is a Light That Never Goes Out


Eu preciso sair por outras vias, caminhando com outras pernas que não as minhas, eu preciso me sentir mais vivo. Há uma luz que nunca se apaga, há uma luz que se esconde em teus olhos e eu a encontrei.

Eu preciso me sentir contigo... eu preciso me sentir sozinho com tuas mãos no meu rosto pra me enganar, eu preciso de uma ilusão. Há uma luz que nunca se apaga, há uma luz nos teus olhos de escuridão. Há uma luz que eu quero buscar, mas minhas mãos não alcançam.

Lembrando dos teus olhos e do teu sorriso têm um milhão de coisas que eu prefiro esquecer. E de repente capotar naquele fusca azul talvez nem fosse um jeito tão ruim de morrer, há uma luz que nunca se apaga e eu estaria mergulhando nela, eu bem que poderia dormir em teus olhos e eu nunca mais precisaria voltar para casa outra vez.

Inspirado em The Smiths... e em mais alguma coisa que eu não lembro.