terça-feira, 18 de maio de 2010

Yann Tiersen


À Valsa Triste -

Téo Malvine -

. Meus dedos pressionavam pesado e crespos sobre tua pele quente e macia, descendo ladeira em teu corpo suado, abrindo espaço.

. Minha sede comete suicídio em teus lábios e língua salientes, minha força se perde, meu peito se enche e eu continuo sem fôlego, te açoito com o látego de minha língua insana.

. A valsa ainda tocava triste. -TRISTE!?- Nossos corpos em constante desritmia para com a melodia, nosso ócio em completo frenesi, e o ópio escorrendo de ti delirante, hilariante e cansativo.

. Suspira, transpira, sorria, geme, treme, estende o corpo, contorce-te. E a valsa tristonha acabara e sorrira pelo findar. E nossos corpos permaneciam.