terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Homem de Gelo –

Téo Malvine –

. Tanto tempo, quanta tristeza acumulada no meu peito e dor. Contra o vento vou correndo de encontro com o pavor.

. Vivo lento, com o relógio me zombando, quase sem correr. Me movendo paciente, quase no mesmo lugar eu vou.

. Triste e sorridente, tão só e somente a cantar. Fujo covardemente de todos que me prometeram amar.

. Vivo como um visco velho, ligado ao chão de minha casa, repetindo tantos discos velhos, com minha coleção de vinhos e chapéus, esperando que o inverno passe, que é pra continuar ali parado, esperando sentado tantas outras estações.

9 comentários:

Anônimo disse...

Quanto mais tristes estamos, é certa que nos tornamos ainda mais produtivos para as letras, porém vamos deixando de existir como gente....

Beijos.

Sonia Schmorantz disse...

É uma época de aflorar saudades, introspecções, solidão...mas tristeza chama tristeza, às vezes é preciso enganá-la e fazer de conta que se é feliz, talvez ela até vá embora...
um abraço, o poema é muito bem escrito e bonito também!

Sam disse...

Nossa sonia...é mto bom trancar tudo que nos encomoda num quarto escuro, mais deve-se concordar que mesmo trancado, sobre a porta as batidas vão emergir, e vc sabe q elas serão de fato bem VIOLENTAS...Sabe o que o homen de gelo disse quando caiam as noites? Noites essas...tão doces e ao mesmo tempo tão frias,como uma manhã pálida de primavera ainda apegada ao frio do intenso inverno.

Heitor Cardoso disse...

Quando o verbo faz-se carne
algo se perde no caminho
nascer pode ser uma passagem violenta
agoros, na tormenta,
continuam a passear;
Tomado o cálice em mãos
aleatoriamente
o salão formigueiro
cheio de seus soldados embriagados
pela cegueira
derrubam doses
e doses
de falsidade confundida.
Traços de metal fundido
tatuagens pela carne tremula
agoros na tormenta
brincam e cantam a Dor.
De outra forma
provavelmente
não seria besteira falar de amor.

Anônimo disse...

Triste e sorridente, tão só e somente a cantar. Fujo covardemente de todos que me prometeram amar.
Foi a parte que mais gostei. Embora o todo se pareça bastante comigo. Snto que há algo nele que nos faz olhar para dentro e perceber como estamos por fora. Mas, parece que há também uma "doce luz na tristeza". Ainda bem que o meu mundo não é sempre assim tão púrpura. Beijos, Téo.

prizitah.m disse...

inspiração na tristeza eh coisa de emo *-*-*-*-*-*

IOSUAOSUAOISUAIOS

Amigo Samuel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Amigo Samuel disse...

SAMUEL,Pra ser sincero eu te confesso que fiquei feliz mesmo com o lance da tay,pelo menos tu ñ pode me culpar pela perturbação do higor q eu te avisei tanto,kra até a visão,q eu tanto odiava,tava certa,mais tu preferiu fazer as coisas do teu modo.SENDO MAIS UMA VEZ SINCERO EU CONCORDO QNDO TU DIZ Q EU Ñ SOU O Q PAREÇO...E TE DIGO MAIS MEU AMIGO.O que pareço é apenas uma vestimenta cuidadosamente tecida, que me protege de tuas perguntas e TE protege da minha negligência, se bem q,sendo MAIS uma vez sincero, NUNCA TE PROTEGEU.E não sendo hirônico eu fico triste por ter q usar um ambiente desse pra te dizer isso, onde impera o vomito,só q mais uma vez TU QUIS ASSIM.

Vic Batista disse...

Ah, uma bela poesia. Mas que me fez lembrar de um aula de literatura que tive semanas atrás. Mesmo com muita melancolia, foram grande, e se destacaram os poetas do "Mal do Século".