quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


O Velho Abraço –


Téo Malvine -


. A porta estava aberta, mas eu entrei pela janela, caracterizando invasão de domínio algum. A janela estava trancada, eu estilhacei sua vidraça, e encravei estilhaços em seu pequeno coração frágil que os entortou, mas não pôde evitar que entrassem.


. Ouvi seus gritos de dor, que logo doíam em meus ouvidos delicados e super desenvolvidos, em verdade ela me cantava uma canção de amor, que não sei quem musicou.


. Trocamos por uns dois anos palavras ácidas e mais uma vez a astucia de meus ouvidos traduzia, aquilo era mais forte que ofensivo, aquilo repudiava lágrimas e pedia risos, não um do outro, mas de um pro outro.


. Eu cantei num tom gelado, como seus dedos, gritei que não se sentisse só, que não estava tão só. Agora eu vivo tentando musicar isso aqui dentro, isso o qual nem sei que nome dar, que não serve para empalhar, que não se pode matar nem calar, essa canção para qualquer estação, esse amor que não sei de onde brotou.


P.s.: Ainda tenho aquele velho abraço.

7 comentários:

Téo Malvine. disse...

É o naufrágio dos olhos que te impedem de observar melhor.

Heitor Cardoso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Téo Malvine. disse...

Talvez pra ti, que tanto procura a glória, ou genialidade... me sinto glorioso mesmo de ir vivendo a vida, com amores platônicos e não platônicos, com minhas amizades, meias amizades, ex amizades e inimizades também, com ou sem um pingo de genialidade. Posso não estar no caminho mais envolvente, mas pelo menos é o meu caminho... Naturalmente.

Samyle Lindsay disse...

Owned.

Não poderia ter falado melhor.

Heitor Cardoso disse...

Imagino que tu não tenhas compreendido o sentido de paixão utilizado. Tudo bem, tu não costumas acertar mesmo.

Sinta-se glorioso. A falta de sentido nem sempre é sentida. Entende?
Quanta fraqueza não aceitar, eu te aceitei. E tuas frases nunca souberam ofender, Téo :)


Aproveito pra falar sobre o caminho envolvente. Sabe-se deste quem costuma andar com putas que falam demais. A mulher é assim Téo, a poesia fofoca e esperneia. Já não bastando ser mulher, ela tambem é infantil.


"Usa o látego e cura logo as palavras das tuas putas que não sabem o que dizer." - Assim Falou Zaratustra... ou talvez tenha sido eu.


A propósito, parei de trocar palavras neste tom. Não me leve a mal, eu só quero que você me queira :)

Até logo, Padrinho.

Téo Malvine. disse...

Minhas putas falam por si sós. Não estou aqui pra corrigi-las.

Até mais, afilhado.

m. o. disse...

Wow, agradei desse texto :)